O Brasil está fora da lista, devido à situação da pandemia de coronavírus
Os 27 países da União Europeia já concordaram em abrir as fronteiras para 14 países a partir de 1º de julho, afirmou o jornal francês Le Monde neste sábado (27). O Brasil está fora da lista, devido à situação da pandemia de coronavírus. Na noite de sexta (26), depois de semanas de debate, o Comitê de Representantes Permanentes (que reúne os embaixadores dos países membros da UE) aceitou receber residentes de Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
O Reino Unido, que até o final deste ano está em fase de transição do brexit, foi considerado como membro da UE.
A lista final ainda pode ser alterada, mas os embaixadores concordaram em excluir países em que a situação da pandemia é considerada preocupante: além do Brasil, estão nessa categoria a Rússia, os Estados Unidos, a Arábia Saudita e a Turquia.
Embora a China tenha controlado a Covid-19, a entrada de viajantes chineses dependerá do princípio da reciprocidade: a permissão será dada nos países cujos residentes também tenham entrada autorizada na nação asiática.
Segundo o Le Monde, os embaixadores esperam chegar a uma relação definitiva no final deste sábado e aprová-la antes de segunda-feira. Como a gestão de fronteiras é uma competência nacional, e não da União Europeia, os países membros podem recusar a entrada de residentes de alguns dos 14 integrantes da lista ou adiar a data em que a entrada de estrangeiros será permitida.
Mas os 27 Estados-membros se comprometeram a não aceitar nacionais de outros Estados. Isso é importante porque eles participam da zona Schengen, onde não há controle de passaportes nas fronteiras internas, o que exige que os critérios de entrada externa sejam semelhantes.
Para montar a lista, os membros da UE seguiram critérios epidemiológicos como a curva do contágio no país, o número de novas contaminações, a capacidade de testes e as regras de prevenção em vigor. Um dos critérios foi o número de novos casos nos últimos 14 dias em relação à população. Na média, a UE tem 16 casos por 100 mil habitantes, considerando as duas semanas encerradas no último dia 24.
Entre os países de entrada liberada, a maior taxa é a do Canadá, com 14 casos por 100 mil habitantes. O Brasil tem 192/100 mil, os EUA, 111/100 mil, e a Rússia, 99/100 mil. O Reino Unido tem 25 casos por 100 mil habitantes, e a China registrou apenas 0,03 novo caso por 100 mil habitantes no período.
Por Folha de Pernambuco