A Polícia Federal em Caruaru, com o apoio da Controladoria-Geral da União-CGU, deflagrou na manhã de hoje (10/09), a terceira fase da Operação Pescaria, com o propósito de dar continuidade às ações repressivas iniciadas no ano de 2018 para desarticular uma Organização Criminosa especializada no desvio de recursos públicos na Prefeitura de Agrestina.
O prefeito Thiago Nunes e o vice, Zito da Barra, foram alvo da operação e presos. Os políticos chegaram a ter os mandatos cassados pelo TRE, por abuso do poder político e foram reconduzidos aos cargos por decisão do TSE.
As vantagens ilícitas eram auferidas por meio da contratação fraudulenta de empresa de “fachada”, com recursos oriundos de verbas federais, frustrando o caráter competitivo do processo licitatório e promovendo a execução dos contratos por meio de terceiros desqualificados.
A investigação que culminou com a deflagração da Operação Pescaria III, mira a lavagem dos lucros ilicitamente auferidos pela organização criminosa, levada a cabo por meio da utilização de conta bancária de titularidade de um “laranja” vinculado ao grupo.
Esta conta bancária servia aos investigados para o recebimento de transferências bancárias e depósitos em espécie, estes na sua maioria em valores baixos e sem a identificação da origem, realização de saques de valores vultuosos, bem como, também, para a utilização de títulos de crédito ao portador (cheques) assinados em branco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro.
Nesta data a Polícia Federal cumpre cinco Mandados de Prisão Preventiva, 13 de Busca e Apreensão em endereços residenciais e comerciais, além de Mandados de Afastamento de Funções Públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal de Agrestina, além de Mandados de Afastamento de Sigilos Bancário e Fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
As duas fases que antecederam a Operação Pescaria III foram deflagradas respectivamente em 21 de fevereiro de 2019 e 28 de março de 2019. Os crimes investigados na atual fase da operação são de Organização Criminosa, Peculato, Falsidade Ideológica e Lavagem de Dinheiro. A ação conta com o emprego de 70 Policiais Federais, além de servidores da Controladoria-Geral da União.