A média móvel de mortes em sete dias é atualmente de 2.400, mais que o triplo do início de janeiro (703)
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (26) um novo recorde de mortes por coronavírus em um dia no Brasil. Foram 3.650 vítimas fatais nas últimas 24 horas, em meio a uma pandemia sem controle que já deixou mais de 307 mil mortes no país.
Desde meados de fevereiro, o Brasil vem registrando uma série de novos recordes de mortes e infecções diárias e ultrapassou a marca de 3.000 óbitos pela primeira vez na última terça-feira. A média móvel de mortes em sete dias é atualmente de 2.400, mais que o triplo do início de janeiro (703).
O balanço desta sexta também mostrou 84.245 novos contágios pelo coronavírus nas últimas 24 horas, com um total de 12,4 milhões desde o primeiro caso registrado em fevereiro de 2020. Na quinta-feira, o número de infectados em um dia pela primeira vez ultrapassou os 100.000.
Com 212 milhões de habitantes, o Brasil é o segundo país com mais óbitos e casos confirmados de Covid-19, superado apenas pelos Estados Unidos.
A segunda onda da pandemia parece descontrolada, com uma vacinação lenta, hospitais à beira do colapso e uma crescente pressão sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro, cobrado a respeito da crise de saúde, que ameaça paralisar novamente a economia.
Vários estados, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, decretaram um feriado de 10 dias a partir desta sexta-feira, 26 de março, até 4 de abril, na tentativa de reduzir os deslocamentos.
Enquanto isso, fabricantes de automóveis como Nissan, Toyota e Renault anunciaram uma paralisação de 10 a 15 dias em algumas de suas fábricas para evitar a propagação do vírus entre seus funcionários, assim como já fizeram a Volkswagen e a Mercedes-Benz.
O governo tenta acelerar a vacinação, com o objetivo de imunizar pelo menos um milhão de pessoas por dia, de acordo com anúncio do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No total, 12,64 milhões de brasileiros já foram vacinados até o momento, apenas 5,9% da população. Entre eles, 3,92 milhões receberam a segunda dose.
Por AFP